sábado, 28 de setembro de 2013

Concurso e controle das emoções!



Estudar para concurso público exige muito mais que organização, estudo e disciplina. Costumo dizer aos meus clientes concurseiros que o que faz a diferença no sucesso e na obtenção dos resultados não são as informações, mas sim as emoções.

Vivemos em um mundo imediatista, onde os resultados são esperados em curtíssimo prazo. Tem sido assim no trabalho, nas relações sociais, nas relações afetivas e até na saúde em geral. Tenho percebido cada vez menos tolerância e capacidade de lidar com frustrações entre as pessoas que convivo e atendo. Tudo é para ontem!

Porém quando se trata de concurso público a história é bem diferente. Muitos, que iniciam sua jornada de concurseiro, cometem um grande erro de esperarem resultados na mesma velocidade. Resultado: acabam por desistirem de tentar antes mesmo de alcançarem a maturidade cognitiva. O pior é que a desistência vem acompanhada de sentimentos como frustração, incapacidade, incompetência, e ainda cobranças e críticas.

Aos que permanecem na jornada, dois caminhos possíveis: desenvolver técnicas de otimização de resultados e gerenciamento das emoções ou desrespeitar seus limites e acabar por adoecer o corpo e mente, prejudicando desta forma, a obtenção dos resultados.

Aos que escolhem o segundo caminho não lhe faltam pensamentos como: “ preciso estabelecer um prazo para passar num concurso”; “não posso perder tempo com atividades físicas” ; “ lazer e descanso, só quando passar”, “dormir é perda de tempo”. As cobranças exageradas, somadas a um estilo de vida pouco saudável, acabam por trazer ao concurseiro problemas na saúde física e mental.

Não é incomum observar concurseiros com dores musculares, problemas de coluna, dores de cabeça, problemas com a memória, níveis elevados de estresse e ansiedade. Alguns chegam até a desenvolverem depressão e pânico.

Mas o que fazer para aprender a lidar com a angústia, tensão, impaciência, desmotivação e cansaço? 

Primeiro de tudo é entender o que está acontecendo, ouvir as emoções. Nossas emoções contêm informações que nos mostram o que está incomodando e precisa ser mudado. Se nos percebemos ansiosos, tristes, frustrados, identificamos, por exemplo, que algumas de nossas necessidades não estão sendo satisfeitas. 

Estar estressado ou ansioso, por exemplo, nem sempre pode ser entendido como algo negativo. O estresse, assim como a ansiedade, é algo natural, necessário a nossa sobrevivência e adaptação ao mundo. Em doses adequadas, é o que nos motiva e nos faz reagir frente às demandas da vida. O problema se dá, quando excedemos o limite do gerenciável, enfraquecendo nossas defesas e nos levando ao adoecimento. Por isso, busque continuar o exercício da identificação de tuas emoções,

Identificado o problema ou dificuldade, é importante que desenvolvamos técnicas de otimização de resultados, bem como de gerenciamento das emoções. 

Não existem fórmulas mágicas. Uma técnica que serve para um, pode não trazer benefícios para outro concurseiro. Seguem abaixo algumas estratégias cognitivas (relacionadas aos nossos pensamentos, crenças, valores) e comportamentais que podem diminuir os efeitos do desgaste dos estudos contínuo. Teste a que mais se adequa a você!


· Identifique o real motivo pelo qual você resolveu fazer concurso, quantifique de 0 a 100 o quanto você quer este objetivo. Se a pontuação for baixa, não será suficiente para te motivar até o final da jornada; procure outro.

· Descubra a tua necessidade, aquela que vai fazer com que você continue motivado, ainda que cansado.

· Crie metas realistas. Desenvolva uma visão a longo prazo porém com estratégias de curto e médio prazo

· Faça um planejamento adequado. Identifique as barreiras e desenvolva estratégias de soluções.

· Trabalhe a paciência. Aprender a controlar a ansiedade relacionada a um prazo. Não se passa em concurso quando quer, mas por que quer.

· Prepare-se com bom material e/ou cursos de referência.

· Faça bastantes exercícios. A melhor forma de fazer que a memória de curto prazo se transforme em memória de longo prazo é fazer “uso” desse conteúdo.

· Procure identificar qual seu horário mais produtivo. Distribua as disciplinas de maior dificuldade nesse período. Quando o nível de concentração estiver mais baixo, estude a matéria que mais gosta.

· Enfrente as resistências emocionais, supere-se e aprenda com as dificuldades.

· Crie um sistema de motivações, comemore cada pequena conquista.

· Encare cada prova como uma nova oportunidade, não a única.

· Busque apoio social. Troque, compartilhe.

· Faça um exercício físico, prepara o corpo, auxilia no gerenciamento das emoções e ainda ajuda na concentração e memória.

· Não abra mão de uma boa noite de sono. Noites mal dormidas contribuem para o aumento do estresse, ansiedade e ainda prejudica a concentração e memória.

· Determine momentos de lazer e prazer em sua semana.

· Controle sua respiração. Exercite diariamente a prática da respiração diafragmática (abdominal).

· Faça pequenas pausas nos estudos e alongue-se.

· Permita-se momentos de relaxamento como sessões de massagem, ioga e meditação.

· Mantenha uma alimentação balanceada



· Boa sorte! Lembrando que “quanto mais preparado, mais sorte você terá”!

Abraço virtual,
Adriana Monteiro

sábado, 14 de setembro de 2013

A História da Águia

Nem todas as mudanças na vida são fáceis. Ainda que boas, podem gerar estresse. Algumas chegam a doer na alma, mas são necessárias!

Todas as vezes que me deparo com situações que demandam difíceis adaptações, lembro-me de uma história já bem conhecida, mas que sempre que leio (e já li várias vezes) me toca muito.

Trata-se da história da Renovação da Águia. Me toca pela coragem de enfrentar a resistência às mudanças necessárias durante o ciclo da vida. Me fortalece a ideia que devemos aproveitar a vida, sem medo e com determinação, aprendendo com cada lição.

"A Águia é a ave que possui a maior longevidade da espécie. Vive cerca de 70 anos.

Porém, para chegar a essa idade, aos 40 anos, ela precisa tomar uma séria e difícil decisão.

Aos 40 anos de idade, suas unhas estão compridas e flexíveis e já não conseguem mais agarrar as presas das quais se alimenta.

O bico, alongado e pontiagudo se curva, suas asas tornam-se pesadas em função da grossura de suas penas, estão envelhecidas pelo tempo.

Já se passaram 40 anos do dia em que a jovem águia lançou vôo pela primeira vez.

Hoje, para a experiente águia, voar já é bem difícil!
Nessa situação a águia só tem duas alternativas:
Deixar-se morrer…ou enfrentar um doloroso processo de renovação que irá durar 150 dias.
Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha e lá se recolher em um ninho que esteja próximo a um paredão.

Um local Seguro de outros predadores e de onde, para retornar, ela necessite dar um vôo firme e pleno.

Ao encontrar esse lugar, a águia começa a bater o seu bico contra a parede até conseguir arrancá-lo, enfrentando, corajosamente, a dor que essa atitude acarreta. Pacientemente, espera o nascer de um novo bico, com o qual irá arrancar as suas velhas unhas.

Com as novas unhas ela passa a arrancar as velhas penas.

Após cinco meses, “Esta Renascida”, sai para o famoso vôo de renovação, certa da vitória e de estar preparada para viver, então, por mais 30 anos.

Quantas vezes, em nossas vidas, precisamos parar e refletir por algum tempo, dando início a um processo de renovação.

Devemos nos desprender dos pré-conceitos, dos maus costumes, de tudo aquilo que não é mais útil ou importante, para continuarmos a voar, permitindo o fluir de novos pensamentos.

Apenas quando livres das barreiras e pesos do passado, conseguiremos aproveitar o resultado valioso que uma renovação sempre traz. E assim, alçar novos voos para uma nova vida de sonhos e realizações.

“Autor desconhecido”


Coragem, paciência e determinação!

Abraço,

Adriana Monteiro

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Perca tempo!

Fonte: Mente Hiperativa


"Desde muito cedo aprendi que na vida não podemos perder tempo, me ensinaram que o mais importante é estudar e trabalhar pra ter uma vida boa e que o resto é pura bobagem. Cresci vendo pessoas se esforçarem diariamente para alcançarem a estabilidade financeira num futuro próximo. Acreditei nessa história e pulei de cabeça nos estudos, levei o conselho tão a sério que demorei a me questionar sobre o que fazia da vida além de construir minha carreira profissional. E me assustei com a conclusão a que cheguei.

Percebi que vivo imerso num ciclo de estudo e trabalho tão intenso que muitas vezes nem me dou conta de que há vida além da carreira profissional. Quando criei coragem de sair e conhecer o mundo lá fora constatei que não sou o único a perseguir obsessivamente minhas metas; muitos estão cegos para a vida e ainda não se deram conta disso. Pessoas assim, que vivem para o estudo e trabalho, precisam reconhecer que há outras atividades igualmente enriquecedoras, que nos fazem crescer, garantem bem-estar, liberdade, prazer e outros valores necessários ao estabelecimento do nosso equilíbrio. É necessário nutrir a alma para que o indivíduo não padeça!

Depois dessa auto-análise profunda entendi que me ensinaram a lição errada, tratei então de ressignificar a “perda de tempo” em minha vida. Descobri que além de permitido é também recomendável perder tempo de vez em quando, é essencial à saúde mental e à manutenção do bem-estar. E por falar nisso, já chegou diante da janela pra observar como está o dia lá fora? Pare e repare no mundo que grita e te convida a vivê-lo. A todo instante as coisas estão acontecendo, porém passamos o dia inteiro atolados em um milhão de serviços atrasados e inadiáveis enquanto deixamos de contemplar as sutilezas da vida, o milagre de cada novo dia.

Pare alguns minutos e observe ao seu redor, veja o sol brilhando no céu, sinta a brisa da noite, contemple os pombos que voam e colhem migalhas de comida no chão, as crianças correndo pra lugar algum, feche os olhos e ouça os sons do ambiente, decifre-os, deleite-se com as sensações as quais não tem tempo de curtir quando está preso no trabalho e na rotina cansativa do dia a dia. Perca tempo, é a dica que lhe dou, pare tudo agora e “faça nada” por alguns instantes. Esqueça tudo que lhe disseram sobre “não se pode perder tempo na vida”, perca sim.

Por várias vezes me vi completamente desconcentrado em meus estudos, me senti perdido e fracassado, cheguei a imaginar que possuía algum déficit cognitivo ou distúrbio, mas na verdade tudo não passava de uma necessidade mal interpretada a qual exigia da minha mente algum descanso. Quase caí na besteira de recorrer a medicamentos ou de me entregar à onda de pensamentos derrotistas, várias vezes não me senti capaz de manter o ritmo frenético e exigente a que nos submetemos quase sem perceber. Eu só precisava parar um pouco, perder tempo.

Numa dessas ocasiões resolvi largar na mesa os meus livros e deixar um pouco de lado minhas metas, fui passear sem rumo. Esqueci propositadamente o relógio na gaveta da cômoda, calcei um par de tênis velhos e fui correr no parque carregando no rosto um sorriso de esperança - misto de alívio e satisfação. Deixei em casa todos os meus compromissos e naquele momento me senti leve, permiti que essa sensação tomasse conta de mim e me desobriguei a carregar por algumas horas o peso da responsabilidade e de minhas próprias cobranças. Fugi do caminho trivial e optei pelos mais longos, quis mudar os ares, vi pessoas que jamais havia encontrado e que provavelmente moram no mesmo quarteirão que eu, senti cada árvore do caminho, deitei na grama do parque, me lambuzei ao comer um picolé como fazia quando era criança. Pensei na vida, na morte da cabrita, no coelhinho da páscoa, na viagem que quero fazer nas próximas férias, sonhei, esvaziei a mente, relaxei como há muito tempo não fazia. Perdi muito tempo até voltar pra casa, exausto. Liguei o rádio, preparei um jantar caprichado, tomei um banho morno e depois li alguns poemas antes de dormir, deixando assim todo o trabalho para o dia seguinte. Foi uma enorme perda de tempo na minha vida, mas depois disso minha alma estava renovada e minha mente extremamente acalmada.

Em seguida, a semana se comportou de maneira diferente, pareceu mais leve, tudo era motivo de riso. Os colegas de trabalho não conseguiam entender porque eu estava tão bem humorado diante de tantas metas complicadas e compromissos estressantes, trabalho acumulado, afazeres, listas de problemas; a maioria estava desesperada à beira de um ataque de nervos, como tantas vezes já fiquei. Agora não fico mais, pois aprendi a reservar um espaço na minha agenda pra “perder tempo”.

Hoje não me permito mais sufocar com a rotina, de vez em quando largo tudo e sumo, perco tempo da vida aproveitando-a intensamente, não ligo quando me dizem que é besteira ler um livro que nada tem a ver com minha profissão ou quando passo horas sentado na areia da praia a contemplar a lua cheia e me acham louco por conta disso. Tolos são os que acreditam ganhar tempo ao acumular trabalho; me desculpem, mas perder tempo é fundamental!"

Fonte: Mente Hiperativa